A saudade que mais maltrata a gente,
Quando a gente se encontra em terra alheia,
É ouvir um trovão para o nascente
Numa tarde de março às quatro e meia.
A zoada do rio. A orla da corrente
Fazer lindos castelos na areia,
Uma torre cobrindo o sol poente,
Uma serra pra cá da lua cheia.
Um vaqueiro aboiando sem maldade
Com saudade do gado, – e com saudade,
O gado urrando ao eco do vaqueiro.
O cantar estridente da seriema,
E o “cachimbo” da velha Borburema
Nas manhas invernosas de janeiro.